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Seu tratamento vale o que se cobra? Não é seu preço que afasta o cliente. A arte de negociar valor!

Por Éber Feltrim

Caríssimo leitor, vamos começar te assegurando que nenhuma das estratégias e ações a seguir serão contrárias ao código de ética. Absolutamente, não serão!

Categoricamente, não é seu preço que afasta o cliente. E, negociar valor é uma arte!

Assim, podemos conversar um pouco sobre negociação de valor? Como funciona isso numa clínica odontológica? E o que isso poderá trazer de resultados financeiros para seu negócio?

Em negócios, a gente pode até perder um jogo, mas nunca o campeonato. Ganhar ou perder é apenas uma questão de preparo e quem estiver melhor preparado, sempre está em vantagem. Desanimar é sinal de perigo, pois outro tomará o seu lugar no mercado, querendo tirar vantagem do seu desânimo. E, se você está em perigo e/ou desanimado, sugiro nem começar o jogo; para estratégias ruins, o mercado não perdoa! Senão vejamos, infelizmente, muitos dentistas estão sem lucro algum em suas clínicas, mesmo com anos e anos de formados e vários com extrema excelência técnica.

Mas, existem soluções e vamos a elas. Algumas condições são inegociáveis:

– conhecer muito bem seu negócio (clínica);

– conhecer o mercado e suas (rápidas) mudanças;

– ter disciplina severa;

– ter planejamento e metodologia para executar cada uma das tarefas.

Se, por outro lado, seus números e lucros são favoráveis, ótimo! Mas, vale uma regra de ouro em negociação comercial: se mantenha atento! Fique de olho, use seu ‘faro’ para conferir se aqueles números fazem algum sentido e observe o que as pessoas FAZEM com o dinheiro delas e não apenas o que elas DIZEM que fazem.

Conhecer nossas desvantagens é tão importante quanto conhecer nossas vantagens e “as companhias prestam muita atenção ao custo de fazer alguma coisa. Deviam preocupar-se mais com os custos de não fazer nada.” (Kotler)

Do ‘Empreendedor rico’, existem três tarefas essenciais para estruturar um negócio: a primeira é achar pessoas certas (e também colocá-las nos lugares certos); a segunda é achar a oportunidade certa e a terceira é ter o dinheiro necessário. E também, esses três componentes raramente surgem ao mesmo tempo. De modo, que deve-se agarrar um dos componentes e em seguida começar a juntar os outros dois.

Pesquisas mostram que quanto maior a quantidade de problemas que os pacientes veem na clínica, mais eles percebem o preço caro. Jim Collins, em ‘Empresas feitas para vencer’ aponta que 85% dos consumidores mudam de fornecedor mesmos satisfeitos, que as empresas perdem 50% dos seus clientes a cada 5 anos, que se uma empresa reduzisse em 5% a perda de clientes, poderia dobrar os lucros e que 2% da perda de clientes equivaleria a um corte de 10% nos custos.

Portanto, as formas de entregar um serviço interferem na percepção de preço e se os pacientes estão achando seu serviço caro, eles podem estar desapontados com o seu desempenho e de sua equipe.

Muitas clínicas oferecem seus serviços baseadas apenas nos preços e por um motivo muito simples, não conhecem outras formas de serem competitivas no mercado.

Na prática, antes de dar descontos, primeiro mostre seu valor agregado e da sua clínica em relação aos concorrentes. “Com licença, mas o senhor me disse que precisava de alguém para começar seu tratamento imediatamente! E que queria uma anestesia indolor? E que gostaria de ser atendido numa clínica que pudesse parar seu automóvel bem próximo? E que queria um profissional que tivesse alta tecnologia, sem atrasos para atendê-lo? Então, podemos fazer tudo isso!”

O preço é importante para apenas 9% das pessoas; desnecessário se preocupar em concorrer em preço, leve sua clínica a atuar num oceano azul, livre da concorrência sangrenta com competição em preços. Para construir oceano azul, a clínica precisa oferecer diferenciais aos seus pacientes e ter liderança em custos. Quais os seus?

Seu compressor quebrou. Você pagaria R$ 80,00 para um técnico ir em 3 dias ou R$ 100,00 para outro que pode ir até você agora e resolver o problema? Ou, se imagine no deserto, andando o dia todo. Você pagaria R$ 5,00 numa garrafinha de água ou R$ 7,00 na mesma garrafinha, desde que estivesse bem gelada e com o lacre intacto?

Os pacientes terão o mesmo comportamento em relação a preço e estão dispostos a pagar mais, desde que recebam um serviço com valor agregado, além da qualidade técnica. Quanto menos valor agregado o paciente perceber, mais caro perece ser o preço na ótica dele. Não precisa testar, é ciência e já testamos isso para você.

Te convido a praticar um pouco melhor esses conceitos, transformando as ideias em ações:

“O fato de você triunfar ou fracassar, sobreviver ou morrer, depende mais do que você faz a si mesmo do que daquilo que o mundo faz a você.” – Jim Collins

Agora, mais prático é impossível, listar em ordem decrescente de prioridades o que vimos acima e efetivamente começar.

* Publicação autorizada desde que citado o autor e site www.sisconsultoria.net

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