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Estudos sobre a reprodutibilidade de scanner intraoral

Quando falamos em moldagens e modelos, a grande vantagem que a Odontologia Digital oferece é a fácil reprodutibilidade de scanner intraoral. Na forma convencional, o profissional precisa criar um molde da arcada dentária do paciente, fazer o processo de vazamento da moldagem e ter um modelo 3D em gesso.

O problema é que, para obter mais de um modelo, seria necessário repetir todo o processo — o que demoraria dias. Além disso, é desconfortável para o paciente, que, já em um primeiro momento, poderia sofrer com os materiais de difícil remoção dos dentes e, caso seja um pouco mais sensível, ânsia de vômito pelo posicionamento da boca.

Por mais conveniente que seja para paciente e profissional, a reprodutibilidade de scanner intraoral poderia pecar no principal aspecto: o técnico. Será que sua capacidade de precisão seria tão boa quanto a facilidade de reproduzir o material? A Odontologia perderia em qualidade de produto e serviço em favor da conveniência?

Para descobrir mais sobre o assunto, continue a leitura do post.

Reprodutibilidade de scanner intraoral: estudos científicos

Um profissional sério de saúde sabe que a maneira mais confiável de comprovar a validade e a eficácia de um método é por meio de estudos científicos. Pesquisadores do Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz, em Portugal, resolveram estudar se o scanner intraoral é realmente capaz de oferecer excelentes reprodutibilidade e precisão.

Para isso, foram escolhidos 9 indivíduos entre 22 e 23 anos, de ambos os sexos e com boa higiene oral. Excluíram-se pacientes acientes em tratamento ortodôntico, com ausência de múltiplas peças dentárias, com presença de restaurações extensas, cáries, defeitos de esmalte, hábitos parafuncionais (bruxismo, por exemplo) e doenças sistêmicas (refluxo gastroesofágico, por exemplo).

Especificações do estudo

Durante 12 semanas, os 9 indivíduos foram examinados semanalmente pelo scanner intraoral. Antes de dar seguimento ao exame, eles passaram por um exame clínico da cavidade oral, higienização das arcadas dentárias e bochecho com digluconato de clorhexidina a 0,12% e cloreto de cetilpiridínio a 0,05%, durante 1 minuto.

Para que nada interferisse na reprodutibilidade de scanner oral, os pesquisadores usaram retratores modulares de tecidos moles, absorventes salivares, rolos de algodão, aspirador de saliva e jatos de ar. O pó de dióxido de titânio foi colocado para dar opacidade aos dentes.

Foram digitalizadas na seguinte ordem:

Também foi feito um registro digital da mordida.

Método

Em cada paciente, os pesquisadores realizaram 12 impressões de cada quadrante, que foram transformadas em modelos digitais tridimensionais. Para que não houvesse confusões por inexperiência do operador, os três primeiros arquivos foram descartados, ou seja, as análises começaram a partir das imagens obtidas na quarta semana. Na edição dos modelos 3D, optou-se por eliminar os tecidos moles, deixando apenas os dentes.

Depois, as imagens editadas foram sobrepostas duas a duas segundo o algoritmo best-fit e, depois, comparadas tridimensionalmente. Essa imagem virtual era colorimétrica — as cores demonstram as discrepâncias que se encontravam entre um registro e outro.

Resultados

Para a análise da qualidade da reprodutibilidade de scanner intraoral, os pesquisadores optaram por duas linhas de análise estatística: a descritiva e a inferencial.

Análise estatística descritiva

A primeira sofreu com um problema de limite de precisão. Os pesquisadores trabalhavam com valores de 10, 20 e 30 µm — apenas a partícula do pó de dióxido de titânio tinha o tamanho de 20 µm, o que poderia interferir nos resultados.

Análise estatística inferencial

Nesse tipo de análise, o objetivo é tirar conclusões de um grupo maior usando como base uma pequena amostra. Por isso, ela se utiliza bastante da probabilidade.

Os pesquisadores observaram uma altíssima taxa de reprodutibilidade no decurso do tempo, pois 94% dos pontos se repetiram na comparação tridimensional com menos de 30 µm de diferença.

Outros fatores observados sobre a reprodutibilidade de scanner intraoral foram:

Resumindo, os valores encontrados são extremamente promissores. Isso mostra que a reprodutibilidade de scanner intraoral é de alto nível clínico, portanto pode (e deve) ser largamente usada por consultórios odontológicos.

Qual a relevância da reprodutibilidade de scanner intraoral para um consultório?

A Odontologia Digital, tendo como carro-chefe o scanner intraoral, veio para revolucionar a forma como moldes e modelos eram feitos. No entanto, não só o paciente, mas principalmente a técnica do profissional (ou a falta dela) influencia bastante no resultado, podendo até diminuir a proliferação dessa tecnologia. Isso porque erros humanos podem ser erroneamente delegados à eficiência do aparelho.

Mesmo com esse engano, os benefícios da tecnologia digital frente ao método tradicional já são muito conhecidos e difundidos:

Portanto, o exame não é só muito conveniente para o profissional, mas também para o paciente. Isso, contudo, sem comprometer a qualidade dos resultados. Ao contrário, a precisão é ainda maior do que a do método convencional.

Mas para que os resultados sejam satisfatórios, é preciso contar com profissionais experientes. Isso porque a falta de técnica no manuseio pode prejudicar a reprodutibilidade de scanner intraoral. Dessa forma, os resultados serão aquém do desejado.

Se você deseja investir na Odontologia Digital e obter modelos digitais para um escaneamento rápido, preciso, confortável e de fácil reprodutibilidade, entre em contato com a DVI Radiologia e fale com um especialista.

Gostaria de ler o estudo na íntegra? Então clique aqui e leia.

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