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3 técnicas restauradoras classe IV incríveis

Uma restauração em resina composta para dentes anteriores é um dos principais trabalhos estéticos de Odontologia. Apesar de ser menos duradoura que a feita com amálgama de prata (em média, 4,5 anos), o preparo da cavidade, o material empregado e técnica desenvolvida vão afetar bastante no tempo de permanência. Além disso, as x técnicas restauradoras classe IV mostram como o trabalho tem melhorado com o passar do tempo.

Nos dentes anteriores, dificilmente você encontrará algum paciente que desejará uma restauração em amálgama. No artigo “Técnicas restauradoras para fraturas coronárias de dentes anteriores traumatizados”, encontramos 3 formas de fazer o procedimento.

3 técnicas restauradoras classe IV para adotar no seu consultório

O uso de resina composta foi amplamente adotado pela Odontologia, principalmente para a restauração de dentes anteriores. Então, confira 3 técnicas classe IV para aplicar no seu consultório: 

1. À mão livre

A técnica de estratificação ou anatômica é feita com o uso de camadas resinas compostas com diferentes propriedades ópticas. É uma ótima escolha para dentes traumatizados, pois consegue reproduzir com qualidade a estrutura dentária perdida. Nessa técnica, o cirurgião insere várias camadas de resina composta, com diferentes cores e propriedades inspiradas na arcada dentária do paciente.

Entretanto, apesar da tecnologia e evolução das resinas compostas atuais, algumas deficiências ainda podem surgir porque ainda são características desses materiais, como a contração de polimerização, manchas, variações de cor, desgaste e falhas na adesão. 

A estratificação tem como objetivo fazer com que a restauração combine com os dentes adjacentes. Por isso, a escolha das resinas é feita com base tanto no dente que vai recebê-las quanto nos outros mais próximos. 

No artigo, escolheu-se este tipo para substituir uma restauração antiga, que estava escurecida e manchada. Então, após a seleção da resina, os dentes anteriores foram isolados com dique de borracha para evitar qualquer contaminação durante o processo. Removeu-se completamente a restauração insatisfatória com ponta diamantada esférica 1012 e confeccionou-se o bisel com ponta diamantada cônica 2200 para a restauração ficar imperceptível.

Para a hibridização (tratamento da dentina exposta obtida após o preparo para restaurações indiretas), utilizou-se ácido fosfórico 37% por 15 segundos para fazer o condicionamento,  lavagem pelo mesmo tempo secagem delicada com papel absorvente, seguindo pelo sistema adesivo em duas camadas.

A inserção da resina composta foi feita à mão livre, de acordo com a técnica anatômica: 

Entre cada camada, foi feita a fotoativação com luz halógena por 40 segundos. 

2. Matriz guia de silicone

técnicas restauradoras classe IV

Esta técnica restauradora classe IV foi feita em um paciente que sofreu trauma por esporte no dente 21 e que também apresentava grande e insatisfatória restauração classe IV no dente 11, além de uma pequena fratura incisal pequena no dente 12. Nenhum dos dentes apresentava comprometimento na polpa. Por isso, optou-se pela técnica restauradora com matriz guia de silicone, associada à técnica anatômica.

A estratificação por si só depende de menos sessões para alcançar um bom resultado. No entanto, ela depende muito da perícia manual do cirurgião. Já a técnica com matriz de silicone facilita a referência em tamanho, largura e harmonia com os dentes adjacentes — o que torna todo o trabalho muito mais tranquilo, mas com custos adicionais por envolver mais sessões clínicas, materiais e o enceramento diagnóstico

Antes da restauração, fez-se uma moldagem da arcada superior com alginato para criação do modelo em gesso. Nele, foram feitos o enceramento diagnóstico e a matriz guia de silicone. A escolha das resinas e das cores da restauração foi feita com base na técnica de estratificação.

As profissionais isolaram o arco superior, removeram a restauração insatisfatória com ponta diamantada esférica 1014 e confeccionaram o bisel nos incisivos centrais, com ponta diamantada cônica 2200.  Posicionou-se a restauração, feita com resina de esmalte na matriz, na face palatina dos incisivos envolvidos, fotoativando cada dente por 40 segundos. Removeu-se a matriz para aplicação de resina opaca e a resina de dentina sobre essa camada. As últimas camadas de resina foram inseridas na face vestibular dos dentes, utilizando-se resina de esmalte A2 em toda a extensão, seguido de esmalte translúcido. 

3. Colagem de fragmento autógeno

Por fim, vem a técnica da colagem de fragmento autógeno, ou seja, de um objeto dentário do próprio indivíduo. Nesse caso, o procedimento é válido quando o fragmento é único e está hidratado (no artigo, o paciente levou-o imerso em água filtrada).

A colagem é o tratamento mais interessante para fraturas coronárias em dentes anteriores, pois é mais rápida, com maior conservação de estrutura dentária, baixo custo, desgaste semelhante ao dente adjacente, traz um resultado muito mais natural e, por fim, oferece resistência similar ao de um dente saudável. Mas o fragmento que se soltou apresentava bom estado, algo fundamental para a realização do procedimento.

Antes de fazer a colagem, deve-se observar o estado da polpa e a extensão da fratura por meio de uma radiografia e de um teste de vitalidade. A partir daí, pode-se fazer a proteção pulpar direta e a colagem do fragmento. 

No exemplo do artigo, as profissionais protegeram a região com cimento de hidróxido de cálcio e, logo depois, cimento de ionômero de vidro fotoativado, nova checagem da adaptação do fragmento e hibridização. Já no fragmento, utilizou-se canaleta interna com ponta diamantada cilíndrica 1190 para suprir o espaço necessário aos materiais de proteção pulpar do remanescente. 

Em seguida, o fragmento passou por hibridização, recebeu resina fluida e foi aplicado no dente remanescente para realização da fotoativação. Após a colagem, confeccionou-se bisel duplo para mascarar a linha de união entre dente e fragmento. 

No fim, também confeccionou-se protetor bucal para evitar novas fraturas dentárias.

Você já adotou alguma dessas técnicas restauradoras classe IV no seu consultório odontológico? Para mais novidades sobre Odontologia e Radiologia Odontológica, assine a newsletter da DVI Radiologia.

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