Radiologia Odontológica: conheça a Radiografia Periapical

A radiologia é um procedimento essencial para qualquer tratamento odontológico. Na radiografia 2D, nós encontramos os tipos intra e extraoral e, dentro deles, há várias técnicas que permitem a captura de imagens em diversos segmentos. Uma das mais solicitadas pelos odontologistas é a radiografia periapical.

Neste post, você vai saber mais sobre a radiografia periapical: o que é, como é feita, suas principais indicações e técnicas. 

A nossa ideia é que pacientes e profissionais possam esclarecer todas as dúvidas sobre o assunto. Por isso, preparamos um conteúdo super completo, trazendo respostas para os principais questionamentos sobre a radiografia periapical.

Continue a leitura e tire todas as suas dúvidas sobre esse assunto, nos tópicos a seguir!

O que é radiografia periapical?

A radiografia periapical pode ser definida como o exame de imagem que mostra detalhes da anatomia dos dentes e das estruturas anatômicas vizinhas. Ela é menor e foca em 3 objetos por imagem, em média. É um dos exames mais frequentes de radiografia intraoral e pode ser feito em qualquer tipo de dente.

Vale lembrar que não existe radiologia periapical para todos os dentes. O profissional que deseja ver a arcada por completo deve solicitar o check-up periapical, que é uma sequência de 14 radiografias (7 da arcada superior, 7 da inferior) para a análise de todos os dentes e dos tecidos ao redor. Para crianças, o número muda para 10 radiografias.

Quem vai definir se é necessário ou não fazer o check-up periapical é o cirurgião-dentista, tendo como base as informações coletadas na anamnese com o paciente. Para alguns casos, fazer esse mapeamento de todos os dentes é necessário, mas em outros não. 

Assim sendo, é sempre importante que o profissional avalie caso a caso. Assim, poderá saber se a radiologia periapical é necessária ou não em cada situação.

Como a radiografia periapical é feita?

Para que a radiografia periapical seja feita corretamente, o radiologista precisa entender bem sobre o posicionamento da cabeça do paciente em relação ao aparelho e a incidência do feixe de raio-X sobre o ângulo. Um dos métodos que pode ser realizado para fazer o exame é a técnica de Clark.

A cabeça deve estar no plano sagital mediano, ou seja, perpendicular à linha horizontal (neste caso, vamos considerar o chão). Nas imagens feitas na maxila, a linha de Camper deve estar paralela ao chão; já nas da mandíbula, mantenha paralela à linha trago-comissura (linha que vai do tragus da orelha à comissura labial). Dependendo da técnica, há algumas mudanças no posicionamento da cabeça do paciente.

O radiologista coloca previamente um invólucro com a película receptora no objeto que será radiografado, direcionado para ele o emissor de raio-X.

É importante que o profissional que realiza o exame entenda bem sobre o posicionamento do paciente. Caso contrário, o exame não mostrará com exatidão as características que servirão para que o dentista faça o seu diagnóstico.

radiografia periapical

Quais as suas principais indicações?

A radiografia periapical é indicada para observar as seguintes situações:

Alterações patológicas no periodonto de sustentação (trauma oclusal)

A radiografia periapical pode revelar alterações patológicas relacionadas ao periodonto de sustentação, como reabsorção óssea causada por trauma oclusal. 

Essas alterações podem ser identificadas por meio da análise da altura óssea ao redor das raízes dentárias.

Relação entre germes dentários de dentes permanentes e decíduos

A radiografia periapical é útil para avaliar a relação entre os germes dentários dos dentes permanentes e os dentes decíduos. 

Ela pode fornecer informações sobre a presença, posição e desenvolvimento dos dentes permanentes em relação aos dentes de leite, auxiliando na detecção de problemas como retenção dentária.

Surgimento de cáries, granulomas, cistos e outras lesões

A radiografia periapical é uma ferramenta eficaz para identificar o surgimento de cáries, granulomas, cistos e outras lesões nos tecidos dentários e periapicais. 

Essas condições podem ser visualizadas como áreas radiolúcidas ou radiopacas nas radiografias, permitindo um diagnóstico preciso e auxiliando no planejamento do tratamento.

Cálculos salivares aderidos aos dentes

A radiografia periapical pode revelar a presença de cálculos salivares (sialolitos) aderidos aos dentes. 

Essas estruturas calcificadas são formadas nas glândulas salivares e podem causar obstruções e inflamação. 

A radiografia permite a detecção desses cálculos, auxiliando no diagnóstico e tratamento adequados.

Anatomia de dentes e tecidos adjacentes

A radiografia periapical fornece informações detalhadas sobre a anatomia dos dentes e tecidos adjacentes, permitindo a visualização das coroas e raízes dentárias.

Além disso, permite a visualização de estruturas ósseas, canal radicular e estruturas de suporte, como osso alveolar e ligamento periodontal. Essas informações são essenciais para o planejamento de procedimentos odontológicos.

Reabsorção do tecido ósseo

A radiografia periapical é capaz de detectar e avaliar a reabsorção do tecido ósseo ao redor das raízes dentárias. 

Essa reabsorção pode ser causada por várias condições, como doença periodontal, trauma dental ou processos inflamatórios. 

A radiografia auxilia na identificação e monitoramento dessas alterações.

Uma mulher submetida a uma radiografia periapical está ao lado de uma cadeira odontológica.

Pré e pós-cirurgias apicais

Antes de cirurgias apicais (tratamentos de canal), a radiografia periapical é utilizada para auxiliar no diagnóstico e planejamento do procedimento. 

Após a cirurgia, a radiografia periapical é útil para avaliar a eficácia do tratamento e acompanhar a cicatrização do tecido ósseo e periodontal.

Avaliação pós-traumática

A radiografia periapical é frequentemente utilizada na avaliação pós-traumática de lesões dentárias. 

Ela permite visualizar fraturas radiculares, reabsorções, luxações, avulsões e outras alterações decorrentes de traumas, auxiliando no diagnóstico e planejamento do tratamento adequado.

Coroas e raízes

A radiografia periapical oferece informações sobre a anatomia das coroas e raízes dos dentes.

Ou sejam ela possibilita a visualização de possíveis anomalias estruturais, como dentes com raízes curvas, dilacerações, fraturas radiculares e outras condições que podem afetar o tratamento endodôntico.

Obturações e implantes

A radiografia periapical é usada para avaliar a qualidade e a adaptação das obturações endodônticas. 

Além disso, ela é útil para visualizar implantes dentários e verificar sua posição em relação às estruturas adjacentes, como nervos, seios maxilares e estruturas anatômicas críticas.

O dentista deverá ter a expertise necessária para saber quando é indicado fazer uma radiografia periapical. Para casos como os citados acima, esse exame é um dos mais recomendados.

Em algumas situações, pode ser necessário que a radiografia periapical seja feita em paralelo com outros exames, para que o dentista tenha um diagnóstico mais completo do paciente.

Com base na literatura da área e a expertise profissional, o dentista define quais são os exames que devem ser solicitados em cada situação.

Quais as principais técnicas?

Existem duas técnicas muito usadas na radiografia periapical: a técnica de bissetriz e a de paralelismo. Veja como cada uma funciona, a seguir!

Bissetriz

Também chamada de cone curto, a técnica periapical de bissetriz é baseada na lei isométrica de Ciesynski, que diz que “o ângulo formado pelo longo eixo do dente e o longo eixo do filme resultará em uma bissetriz, na qual o feixe de raios-x deverá incidir perpendicularmente”.

Resumindo: o sensor (placa de fósforo) é apoiado o mais próximo possível do palato ou assoalho da boca. Os raios-X devem atingir, de forma perpendicular, entre o sensor e o dente. Assim, a imagem terá o mesmo tamanho do objeto radiografado.

Paralelismo

A radiografia periapical de paralelismo ou cone longo necessita de posicionadores radiográficos específicos para posicionar o sensor paralelamente ao eixo do objeto radiografado. Essa técnica diminui o grau de distorções na imagem; como consequência, há distanciamento entre o dente e o sensor.

Dependendo do posicionamento do sensor, a cabeça do paciente pode ficar um pouco deitada para trás.

O dentista deve indicar na solicitação do exame se deseja que a imagem seja coletada usando a técnica da bissetriz ou do paralelismo. Assim, o técnico em radiologia que realizar o exame no paciente saberá como proceder.

radiografia periapical

A radiografia periapical necessita de preparo?

Como qualquer exame radiográfico, a periapical não necessita de preparo e é totalmente indolor. Com a tecnologia digital, o exame ficou ainda mais rápido e menos invasivo, já que não necessita de filmes, não demanda retrabalhos, a precisão é muito maior e a exposição aos raios-X é consideravelmente menor.

No entanto, gestantes devem avisar ao odontologista e ao radiologista sobre a gravidez, para que o primeiro profissional possa avaliar a real necessidade do exame e o segundo faça uso de um avental de chumbo que proteja o corpo e o feto da radiação.

Mais adiante, falaremos de forma mais aprofundada sobre como se proteger para fazer a radiografia periapical. No entanto, você não precisa ter muita preocupação, tendo em vista que o dentista ou técnico de radiologia deverão fazer uma série de questionamentos antes de aplicar o exame.

Além disso, se você for a uma clínica de radiologia odontológica de confiança, poderá ter a certeza de que todas as  medidas de proteção serão tomadas para que a sua saúde não seja prejudicada. 

Pelo contrário, o objetivo do exame é identificar pontos para serem feitas as intervenções necessárias para você ter uma vida ainda mais saudável.

Quanto tempo demora uma radiografia periapical?

A radiografia periapical digital demora poucos minutos ou até segundos, dependendo da área a ser examinada. Um check-up periapical demora mais, mas, demanda menos tempo que a radiografia convencional.

O processamento das imagens e a entrega para o odontologista também acontecem com muito mais rapidez. Após o laudo, o exame pode até ser entregue no mesmo dia.

Para os pacientes, essa agilidade é muito benéfica. Afinal, se você estiver com dor de dente, por exemplo, poderá logo fazer o exame necessário para o dentista entender qual é a causa da queixa e, assim, propor o tratamento que for necessário.

Logo, é importante que o exame seja feito em uma clínica que preza pela agilidade do atendimento. Quanto antes os resultados dos exames estiverem disponíveis para o paciente, melhor.

Há contaminação cruzada com a radiografia periapical digital?

Ao contrário do filme radiográfico, a placa de fósforo permite múltiplos usos e não há possibilidade de esterilização por autoclave, o que pode acarretar contaminação cruzada quando não há proteção. O radiologista deve cobrir o sensor com uma barreira plástica impermeável, trocada a cada uso.

É por isso que conhecer as técnicas de realização do exame é tão importante! Somente assim os técnicos em radiologia podem fazer todos os procedimentos necessários, sem causar nenhum tipo de dano aos pacientes.

A contaminação cruzada pode acarretar em diversos problemas de saúde. Prevenir é sempre o melhor remédio. Conhecer sobre biossegurança é essencial para quem trabalha nos campos da Odontologia e da Radiologia.

Como a radiografia periapical auxilia no diagnóstico de doenças dentárias?

A radiografia periapical auxilia no diagnóstico de doenças dentárias fornecendo informações visuais detalhadas das estruturas dentárias e periapicais. 

Essas imagens radiográficas permitem a identificação de cáries dentárias, reabsorções radiculares, lesões periapicais, alterações no osso alveolar e outras condições patológicas. 

A partir da análise das radiografias, o dentista pode avaliar a extensão e a gravidade das doenças dentárias, ajudando a determinar o tratamento mais adequado. 

Além disso, a radiografia periapical é útil na detecção de problemas de erupção dentária, retenções, cálculos salivares e na avaliação da anatomia dentária para planejamento de procedimentos restauradores ou cirúrgicos. 

Assim, a radiografia periapical desempenha um papel fundamental no diagnóstico preciso e no planejamento do tratamento odontológico.

Quais as vantagens da radiografia periapical digital em relação à convencional?

Como qualquer exame radiológico digital, a radiografia periapical, hoje, tem vários benefícios em relação à versão convencional, com filme. Entre os principais deles, destacamos:

Menos contaminação do ambiente

A radiografia periapical não utiliza filmes radiográficos nem soluções químicas que contêm prata para a revelação das imagens. 

Isso reduz a contaminação do ambiente, incluindo o solo, eliminando a necessidade de descarte desses materiais tóxicos.

Compromisso com a sustentabilidade

Devido à ausência de filmes radiográficos e soluções químicas, a radiografia periapical é considerada mais sustentável em comparação com a radiografia convencional. 

Ela contribui para a redução do consumo de recursos naturais e diminui o impacto ambiental causado pelo descarte de produtos químicos.

Rapidez no compartilhamento de imagens

Com o uso da radiografia periapical digital, as imagens podem ser facilmente compartilhadas entre o radiologista e o odontologista. 

Isso agiliza o processo de diagnóstico e permite uma comunicação mais eficiente entre os profissionais envolvidos no tratamento.

Armazenamento em nuvem

As imagens radiográficas obtidas por meio da radiografia periapical podem ser armazenadas em nuvem, eliminando a necessidade de impressão e reduzindo o consumo de papel. 

Isso também facilita o acesso às imagens a qualquer momento, proporcionando um histórico radiográfico digital do paciente.

Menor exposição à radiação

A radiografia periapical digital requer uma quantidade significativamente menor de radiação em comparação com a radiografia convencional. 

Dessa forma, o exame reduz a exposição do paciente e do profissional à radiação ionizante, proporcionando um ambiente mais seguro e saudável.

Redução de repetições de exame

Com a radiografia periapical digital, é possível visualizar instantaneamente as imagens obtidas. 

Assim, se minimiza a ocorrência de erros técnicos ou problemas de imagem, reduzindo a necessidade de repetir o exame e economizando tempo para o paciente e o profissional.

Rapidez no exame e na entrega de resultados

A radiografia periapical digital permite a obtenção das imagens de forma rápida e instantânea. 

Além disso, o processamento digital elimina a necessidade de revelação manual, acelerando o tempo de entrega dos resultados e agilizando o planejamento do tratamento.

Menos desconforto para o paciente

A radiografia periapical digital geralmente requer uma menor quantidade de posicionamentos e exposições radiográficas em comparação com a radiografia convencional. 

Isso resulta em menos desconforto para o paciente durante o procedimento.

Facilidade na edição de imagens

Com a radiografia periapical digital, é possível editar e aprimorar as imagens radiográficas, como ajustar brilho, contraste e nitidez. 

Tal característica facilita a visualização e interpretação das estruturas dentárias, melhorando a precisão do diagnóstico.

Maior precisão nas imagens

A radiografia periapical digital oferece uma qualidade de imagem superior em comparação com a radiografia convencional. 

Detalhes finos e estruturas anatômicas podem ser visualizados com maior clareza e precisão.

Logo, o dentista poderá realizar um diagnóstico mais preciso e um planejamento de tratamento mais efetivo.

Todas essas vantagens fazem com que a radiografia periapical seja cada vez mais solicitada pelos dentistas. Os benefícios são para todos, inclusive para a comunidade em geral.

Afinal, como não há contaminação do ambiente, acaba que até mesmo as pessoas que não estão envolvidas no processo, mas são apenas moradoras de uma localidade, sejam beneficiadas, tendo em vista que os recursos naturais são preservados.

Além disso, as novas tecnologias garantem mais agilidade e a contratação de serviços de telerradiologia. Nesse caso, as imagens dos exames são enviadas para as empresas que prestam esse tipo de serviço por meio de um software.

Na empresa, os radiologistas recebem as imagens, elaboram os laudos dos exames e fazem o envio para a clínica de radiologia odontológica ou consultório dentário solicitante. Tudo de forma prática, rápida e eficiente. 

Radiografia periapical de dentes brancos.

Quais são as limitações da radiografia periapical?

A radiografia periapical apresenta algumas limitações, como sua capacidade de fornecer uma imagem bidimensional em um único plano, o que pode dificultar a visualização de estruturas anatômicas em sobreposição. 

Além disso, essa técnica radiográfica tem uma área de cobertura limitada, permitindo a visualização de apenas alguns dentes e estruturas adjacentes em cada imagem. 

Outra limitação é a sua inabilidade de fornecer informações detalhadas sobre os tecidos moles, como gengivas e mucosas. 

Portanto, em certos casos, podem ser necessários exames complementares, como radiografias panorâmicas, tomografias computadorizadas ou outros exames de imagem, para obter uma visão mais abrangente das condições bucais.

Como a radiografia periapical ajuda no planejamento de tratamento endodôntico?

A radiografia periapical desempenha um papel crucial no planejamento de tratamento endodôntico. O exame fornece informações essenciais sobre a anatomia dentária, a presença de cáries, reabsorções, lesões periapicais e outras condições patológicas. 

Por meio das radiografias periapicais, é possível avaliar a extensão da lesão, a forma e o número de canais radiculares, a presença de curvaturas ou calcificações, além de identificar possíveis complicações e variações anatômicas. 

Essas informações radiográficas auxiliam na determinação da abordagem endodôntica adequada, incluindo o acesso ao canal radicular, a escolha e a manipulação dos instrumentos endodônticos, a limpeza, a modelagem e a obturação dos canais.

O que pode ser visualizado em uma radiografia periapical?

A radiografia periapical possibilita que o dentista visualize totalmente a anatomia dos dentes do paciente. Ou seja, será possível ver com detalhes a coroa e a raiz de cada dente, para que doenças ou anormalidades sejam identificadas.

Além disso, o exame também permite uma análise completa das estruturas dos dentes. Isso inclui o ligamento periodontal, o osso alveolar e outras estruturas anatômicas.

Como explicamos em tópicos anteriores, a radiografia periapical possibilita a análise de um pequeno grupo de dentes. Se for necessário analisar toda a arcada dentária, o dentista deverá solicitar o check-up periodontal.

Radiografia Periapical

O que me protegerá dos raios-x?

Os acidentes com raios-x são raros, porém, pode ser que eles aconteçam. Em alguns casos, em que é preciso ficar exposto à radiação por mais tempo, pode ser necessário o uso de um colete de chumbo.

A proteção contra a exposição excessiva de raios-x também é feita por meio da manutenção dos equipamentos de radiologia.

Os dentistas devem garantir que todos os equipamentos radiológicos passem por manutenção preventiva periódica, para que não ocorra fuga de radiação durante os processos. 

Também é importante que os equipamentos radiológicos sejam de marcas reconhecidas e bem avaliadas no mercado. Sempre evite comprar itens muito baratos ou com procedência duvidosa.

Como é feita a radiografia periapical na gravidez?

Não há qualquer impedimento para as mulheres grávidas realizarem exames de radiografia periapical, desde que as medidas de segurança sejam tomadas de forma correta.

Dessa forma, quando uma gestante precisa fazer um exame de raio-x, deve informar a sua condição ao dentista ou técnico em radiologia. O profissional, então, solicitará que ela vista um colete de chumbo e outros equipamentos de segurança, para proteger todo o corpo.

Vale lembrar que, mesmo que esteja apenas com suspeita de gravidez, a paciente deve informar isso ao seu dentista. Caso contrário, a radiação poderá causar danos ao feto que está sendo gerado.

O que é a radiografia periapical digital?

A versão digital da radiografia periapical é aquela em que não se utilizam filmes radiográficos, mas sim softwares computacionais que fazem o registro das imagens.

Esse tipo de exame, além de ser mais rápido, também não causa danos ao meio ambiente, tendo em vista que elimina a necessidade de usar filmes e os compostos que fazem a revelação das imagens.

As imagens são coletadas e transferidas diretamente para os dispositivos digitais do dentista, como computadores, tablets ou smartphones. Dessa maneira, fica muito mais fácil contratar os serviços de telerradiologia, anteriormente citados.

Quanto custa para fazer uma radiografia periapical?

O preço de uma radiografia periapical varia muito, de acordo com a região ou clínica em que o exame será realizado. 

Em média, o preço do exame varia entre R$ 120 e R$ 250. Porém, se o dentista solicitar um check-up completo, obviamente, o valor ficará mais caro, tendo em vista que serão feitos mais de um registro de imagem.

Também é interessante lembrar que alguns convênios odontológicos cobrem esse tipo de exame. De tal forma, os conveniados podem pagar menos ou até mesmo se  isentar totalmente do pagamento do exame.

Logo, se você tiver um plano de saúde, antes de fazer o exame, vale a pena dar uma olhada para verificar se ele dá a cobertura para a radiografia periapical. Dessa forma, você faz economia.

Qual é a relação entre a radiografia periapical e a radiografia panorâmica para o diagnóstico de perda óssea alveolar?

Em 2015, a profissional Letícia Ferrari realizou um estudo interessante para o seu trabalho de conclusão do curso de Odontologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

A estudante fez uma comparação entre a radiografia periapical e a radiografia panorâmica para o diagnóstico de perda óssea alveolar.

No decorrer do seu trabalho, Letícia explicou que os exames clínicos e radiográficos desempenham um papel importante no diagnóstico da perda óssea alveolar, bem como na escolha do tratamento e em exames de acompanhamento. Ela também apontou que a  visualização e a medição da reabsorção óssea alveolar tornam-se possíveis por intermédio das radiografias.

O trabalho também fez um levantamento que concluiu que a  maioria dos cirurgiões dentistas defende que as radiografias intraorais são mais fidedignas e melhores para a obtenção do diagnóstico da perda óssea alveolar, considerando a radiografia panorâmica não significativa para o diagnóstico de tais doenças.

Alguns autores, no entanto, afirmam que as informações transmitidas pelas radiografias periapicais podem ser consideradas equivalentes às contidas nas radiografias panorâmicas para a avaliação de perda óssea alveolar.

Com o estudo, Letícia pode concluir que  os trabalhos sobre o assunto não nos dão apenas uma única resposta de qual método radiográfico seria o ideal para a detecção de perda óssea alveolar.

Porém, pela praticidade e menor exposição aos raios-x, sugere-se que a radiográfica panorâmica seja preferida como método de diagnóstico padrão para perda óssea alveolar, sendo complementado quando necessário por radiografias periapicais.

Dessa forma, os dentistas têm mais uma opção para diagnosticar as perdas ósseas alveolares, sempre que for necessário de exames complementares, para ter um resultado mais aprofundado sobre a presença ou não dessa patologia.

 

Além da radiografia periapical, que outros exames intraorais podem ser realizados?

Além da radiografia periapical, existem outros exames intraorais que podem ser realizados na Odontologia, de acordo com as necessidades de cada paciente. 

Na sequência, apresentaremos alguns dos principais exames intraorais que podem ser solicitados no consultório odontológico. Veja!

Radiografias interproximais

As radiografias interproximais, também conhecidas como “bitewing” ou “asa de mordida” são indicadas para estudar as faces proximais.

Esse exame é indicado para diagnosticar situações como:

  • a presença de cáries nos dentes;
  • a avaliação de restaurações das lesões cariosas; e
  • a avaliação da crista óssea alveolar na região.

De maneira geral,  para realizar as radiografias interproximais, deve-se ter o cuidado de evitar a sobreposição das faces proximais, deixando-as mais livres para que o dentista possa fazer a avaliação corretamente.

Radiografias oclusais

Também podem ser solicitadas as radiografias oclusais. Esse tipo de exame é indicado para:

  • avaliar a região da maxilar e da mandíbula;
  • avaliar dentes inclusos e impactados;
  • avaliar dentes supranumerários;
  • verificar raízes residuais;
  • processos patológicos; 
  • auxiliar na análise da região anatômica para procedimentos cirúrgicos;
  • análise do crescimento ósseo em crianças;
  • verificar a existência de cálculos nas glândulas salivares; e
  • avaliar os avanços de tratamentos ortodônticos.

As radiografias oclusais, em muitos casos, são realizadas antes, durante e após o tratamento dos pacientes. Isso é o que é feito quando se utiliza aparelho ortodôntico, por exemplo.

Conclusões sobre a radiografia periapical

Resumindo, podemos dizer que a radiografia periapical é um tipo de exame intraoral que possibilita a observação de dois ou três dentes e dos tecidos no entorno. Ela permite uma visualização mais detalhada da coroa, do germe dentário e de todo o corpo dos dentes, sendo por isso um dos procedimentos mais solicitados pelos odontologistas.

A versão digital do exame, feita com sensor e placa de fósforo, permite imagens mais precisas e retorno mais rápido, adiantando o tratamento. Quando feita corretamente e com proteção, é a melhor escolha para o paciente e para o profissional. Portanto, escolha uma clínica de Radiologia renomada e com uma equipe especializada.Entendeu como funciona a radiografia periapical? Ela é uma parte importante da grande área da Radiologia Odontológica. Saiba mais sobre raios-X odonto

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