Freio labial em crianças: quando é necessária uma consulta odontológica para avaliação?

Quem tem filhos sabe que há temas que geram mais dúvidas e preocupações entre os pais do que outros. Um deles é o freio labial, uma pequena dobra de tecido que todos temos sob o lábio superior, que pode, em alguns casos, influenciar de maneira significativa a saúde bucal e o bem-estar geral da criança. 

Neste artigo, esclareceremos dúvidas, oferecendo aos pais e aos responsáveis um guia confiável e fundamentado sobre quando é necessário procurar uma consulta odontológica para avaliar o freio labial em crianças. Acompanhe!

Afinal, o que é o freio labial?

De acordo com o cirurgião-dentista Murilo Kuch: “O freio labial é aquele pedacinho de pele que liga o lábio superior à gengiva. Às vezes, pode ser muito apertado ou grande demais, o que pode causar problemas, especialmente em crianças pequenas”.

Segundo o profissional, os pais podem verificar se o freio labial está causando problemas observando se a criança tem dificuldade em mamar, falar ou se há espaço entre os dentes da frente. 

Além disso, se a criança tiver dificuldade em mover o lábio superior para cima ou se o lábio fica “preso” quando sorri. 

Se notarem esses sinais, é uma boa ideia levar a criança para uma avaliação com o cirurgião dentista ou odontopediatra para ver qual o tratamento ideal.

freio labial

Quais são as possíveis implicações de um freio labial não tratado na saúde bucal e no desenvolvimento oral de uma criança?

Kuch explica que, quando não tratado o freio labial pode causar problemas na saúde bucal e no desenvolvimento oral da criança. 

A presença do elemento pode dificultar a amamentação e a alimentação adequada, pois o bebê pode não conseguir se agarrar direito ao peito ou à mamadeira. 

Além disso, o freio labial pode interferir na fala, especialmente nos sons que requerem movimento do lábio superior, como “b”, “p” e “m”. 

E não para por aí, pode até afetar a estética do sorriso, causando espaçamento entre os dentes da frente ou impedindo que o lábio se mova corretamente ao sorrir. Então, tratar um freio labial é importante para garantir que a criança cresça com uma boa saúde bucal e sem complicações no desenvolvimento da fala.

Quando começar a tratar o freio labial? E quais são os tratamentos?

“Não há uma idade exata, mas é uma boa ideia começar a observar desde cedo, especialmente se houver preocupações com a fala, amamentação ou alimentação. Se algo parecer fora do comum, não hesite em procurar orientação do cirurgião-dentista”, diz Kuch.

Para tratar problemas relacionados ao freio labial em crianças, uma das opções mais comuns é a frenectomia. 

Trata-se um procedimento simples em que o dentista corta ou remove parte do freio labial para liberar a tensão. Isso pode ajudar a melhorar alimentação, fala e até mesmo a estética do sorriso.

Riscos relacionados à frenectomia

Os riscos são mínimos, como qualquer procedimento cirúrgico, como sangramento, infecção ou cicatrização inadequada. 

Em contrapartida, os benefícios podem ser enormes, especialmente se o freio labial estiver causando problemas significativos na vida da criança. 

Geralmente, é um procedimento rápido e simples, e muitas vezes a criança se recupera rapidamente. Mas, claro, é importante discutir todas as opções de tratamento e considerar os prós e contras antes de decidir.

Para prevenir problemas com o freio labial, os pais podem ficar atentos desde cedo e observar se há dificuldades na alimentação ou fala. Se notarem algo estranho, é importante consultar um dentista para avaliação.

Cuidados pós-operatórios

Após o procedimento, os cuidados são importantes para garantir uma recuperação tranquila. 

Os pais devem seguir as instruções do dentista à risca. Isso inclui manter a área limpa e evitar que a criança mexa na região operada. 

Também é recomendado evitar alimentos duros ou quentes que possam irritar a área. Com esses cuidados, a recuperação geralmente é rápida e eficaz.

Outro ponto relevante é a busca por uma equipe multidisciplinar. O dentista é o responsável pela realização do procedimento de frenectomia e pelo acompanhamento pós-operatório.

Porém, pode ser necessário o acompanhamento com um fonoaudiólogo. Esse profissional ajuda na avaliação e no tratamento de problemas de fala associados ao freio labial, além de colaborar na reabilitação pós-operatória.

É interessante ainda consultar um pediatra. O médico poderá fornecer orientações sobre cuidados gerais de saúde e monitorar o desenvolvimento físico e nutricional da criança, especialmente durante o período pós-operatório.

Continue aprendendo sobre o tema! Leia agora o nosso artigo que fala sobre o freio labial como um problema

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