Aparelho ortodôntico: mesmo após um tratamento longo é preciso usar novamente?

O uso do aparelho ortodôntico é essencial para corrigir desalinhamentos dentários e garantir uma mordida funcional e saudável. 

No entanto, muitas pessoas se perguntam: mesmo após um tratamento longo, há necessidade de usá-lo novamente? A resposta depende de vários fatores, como a estabilidade do resultado alcançado, os cuidados pós-tratamento e a resposta individual dos dentes ao alinhamento.

Muitos pacientes acreditam que, após anos usando aparelho ortodôntico, seus dentes permanecerão perfeitamente alinhados para sempre. 

Neste artigo, vamos esclarecer em quais situações pode ser necessário recorrer ao aparelho ortodôntico novamente, a importância de seguir as orientações do dentista e como os exames de imagem ajudam na definição do melhor tratamento. Continue a leitura!

Em quais casos pode ser necessário usar o aparelho ortodôntico novamente?

Mesmo após anos de tratamento ortodôntico, alguns fatores podem levar à necessidade de um novo uso do aparelho. Entre as principais situações estão:

Falta de uso da contenção dentária

Após a remoção do aparelho fixo, é essencial usar a contenção dentária, que pode ser móvel ou fixa. 

Essa etapa evita que os dentes voltem à posição original, um fenômeno chamado recidiva ortodôntica. Muitos pacientes negligenciam essa fase, o que pode resultar no desalinhamento dos dentes ao longo do tempo.

Os dentes possuem uma memória biológica e tendem a retornar à sua posição original, especialmente nos primeiros anos após o fim do tratamento. Por isso, o dentista recomenda o uso da contenção por um período específico, que pode ser de meses ou até mesmo anos.

Crescimento e mudanças estruturais da face

O crescimento ósseo não para completamente na adolescência. Algumas pessoas continuam a ter mudanças estruturais na mandíbula e no maxilar, o que pode impactar o alinhamento dos dentes e exigir uma nova intervenção ortodôntica.

Esse crescimento tardio pode alterar a mordida e a estética do sorriso, especialmente se houver predisposição genética para desalinhamentos. Além disso, a própria força mastigatória e a ação muscular podem influenciar a posição dentária ao longo dos anos.

Perda dentária e movimentação dos dentes

A perda de dentes pode causar o deslocamento dos dentes adjacentes, criando espaços ou alterando a mordida. 

Nessas situações, o aparelho ortodôntico pode ser necessário para reorganizar o posicionamento dentário antes da colocação de uma prótese ou implante.

Pessoas que sofrem de problemas periodontais e acabam perdendo dentes sem substituí-los imediatamente podem perceber mudanças na posição dos dentes vizinhos, levando a desalinhamentos e mordidas irregulares.

Hábitos prejudiciais e pressões externas

Hábitos como roer unhas, pressionar a língua contra os dentes, ranger ou apertar os dentes (bruxismo) podem alterar a posição dentária ao longo do tempo. O uso do aparelho pode ser indicado para corrigir esses deslocamentos.

Além disso, a respiração oral (respirar mais pela boca do que pelo nariz) pode influenciar na posição dos dentes e na estrutura da arcada dentária, tornando necessário um novo ajuste ortodôntico.

Problemas ósseos ou gengivais

Doenças periodontais podem comprometer a estabilidade dentária, fazendo com que os dentes se movimentem. 

Em alguns casos, o tratamento ortodôntico é necessário para restabelecer o alinhamento ideal e evitar maiores complicações.

Pessoas que sofrem de retração gengival, por exemplo, podem perceber que seus dentes começam a “andar” na boca devido à falta de suporte ósseo adequado. Isso pode exigir a reintrodução do aparelho ortodôntico para reposicionar os dentes corretamente.

aparelho ortodôntico

A importância de seguir as orientações do dentista

O sucesso do tratamento ortodôntico não depende apenas do tempo de uso do aparelho, mas também do comprometimento do paciente em seguir todas as recomendações do dentista. Entre os principais cuidados estão:

  • Uso correto da contenção dentária: fundamental para evitar a recidiva dos dentes.
  • Higiene oral adequada: manter dentes e gengivas saudáveis previne problemas que possam impactar a estabilidade dos resultados ortodônticos.
  • Consultas regulares ao dentista: acompanhamentos periódicos permitem detectar precocemente qualquer alteração dentária e corrigir problemas antes que evoluam.

Pacientes que seguem rigorosamente essas recomendações tendem a preservar o alinhamento dentário por muito mais tempo, reduzindo a necessidade de um segundo tratamento ortodôntico.

O papel dos exames de imagem na definição do melhor tratamento

Antes de indicar qualquer tratamento ortodôntico, o dentista precisa avaliar detalhadamente a estrutura óssea, a mordida e a posição dentária. 

Para isso, exames de imagem como radiografias panorâmicas, tomografias computadorizadas e cefalometria são fundamentais.

A tomografia computadorizada, por exemplo, oferece uma visão tridimensional da estrutura óssea e dos dentes, permitindo que o ortodontista identifique qualquer alteração que possa comprometer a estabilidade do sorriso.

Já a radiografia panorâmica auxilia na análise do crescimento ósseo e da raiz dentária, aspectos fundamentais para decidir se um novo tratamento ortodôntico será necessário.

É possível evitar o uso do aparelho ortodôntico novamente?

Mesmo após um tratamento longo, pode ser necessário usar o aparelho ortodôntico novamente em alguns casos, principalmente quando há recidiva dentária, mudanças estruturais no rosto ou hábitos prejudiciais. O uso correto da contenção dentária e o acompanhamento com o dentista são fundamentais para manter os dentes alinhados e evitar um novo tratamento.

Se você finalizou o tratamento ortodôntico ou está prestes a retirar o aparelho, é essencial entender a importância da contenção dentária. Para saber mais, confira nosso conteúdo sobre aparelho de contenção dentária e entenda essa última etapa do tratamento ortodôntico.

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